Compositor: Não Disponível
No porto
O navio tinha virado pedra
Eles assistiram do campanário
Ossos longos, e frios e instáveis
Suas peles se apertaram
Sobre formas emagrecidas
Quando segundos se tornam minutos
Se tornam horas, se tornam dias
O silêncio superou o pânico
No final, não há mais nada a dizer
De medo e dúvida, o desespero genuíno
Um sintoma de uma eternidade
Com um sorriso sem dentes
Um Deus antigo me deu seu nome
Mas eu ri em sua cara
Pois soava o mesmo de sempre
Sua pele se apertou
Como um homem cujo tempo passou
Quando segundos se tornam minutos
Se tornam horas, se tornam dias
O silêncio superou o pânico
No final, não há mais nada a dizer
De medo e dúvida, o desespero genuíno
Eles se juntaram pelos sinos da igreja
Ficaram mudos em meio à geada
Cinquenta deles morreram de fome e dormiram
Para alimentar os quinze demais
Quando segundos se tornam minutos
Se tornam horas, se tornam dias
O silêncio superou o pânico
No final, não há mais nada a dizer
De medo e dúvida, o desespero genuíno
O navio que os levaria
Os trouxe aqui antes
Nós esperamos pacientemente
Na ausência de conformidade
Os engoliu
Assim que eles haviam nascido
Nós esperamos pacientemente
Para fazer de novo a Terra